Empresa de apostas online deixou negócios no Rio por 'intervenção da contravenção', aponta MPRJ

  • 30/04/2024
(Foto: Reprodução)
Site Apostou.com já estava credenciado na Loterj quando empresário investidor foi ameaçado, segundo informações da Polícia Civil. Segundo MPRJ, execução de advogado no Centro teria sido um 'recado' da contravenção para investidores no mercado de apostas online. Advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, morto a tiros no Rio Reprodução Informações colhidas durante as investigações do assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, assassinado no Centro do Rio em fevereiro, apontaram que o dono de um site de apostas esportivas online foi obrigado a deixar o Rio de Janeiro por "intervenção" da contravenção", incluindo ameaças. A empresa era representada pelo escritório onde Rodrigo trabalhava. Segundo o MP, a morte do advogado seria um "recado" de bicheiros contra possíveis investidores do mercado de apostas online. As investigações ainda vão apurar se há uma relação direta entre as ameaças e o homicídio, e qual foi o teor das ameaças. As informações do setor de inteligência da Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso, apontam que um investidor do Paraná tinha como investimento o site Apostou.com, que foi credenciado pela Loterj em novembro de 2023. No entanto, ameaças de pessoas ligadas a bicheiros fizeram com que ele desistisse do empreendimento, de acordo com as investigações. O investidor, porém, afirma que não é investidor do site e que nunca recebeu nenhum tipo de ameaça ou qualquer tipo de intimidação de quem quer que seja do Rio de Janeiro, tão pouco de eventuais contraventores. Também diz que o advogado assassinado nunca prestou nenhum tipo de serviço para ele ou qualquer empresa vinculada aos seus negócios. Afirma ainda que prestou depoimentos, mas apenas como testemunha, quanto ao seu eventual relacionamento com a vítima. Segundo depoimentos de várias testemunhas, Rodrigo estava muito engajado na legalização de apostas online antes de morrer. A polícia investiga se disputas ligadas ao setor podem ser uma possível motivação do assassinato da vítima. Empresa Apostou.com é credenciada pela Loterj Reprodução A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça. Os três que já foram presos por participação no crime tiveram a prisão preventiva decretada. Lenzi é sócio de um escritório de direito que atua diretamente no setor de legalização de jogos de azar no Paraná. Ele foi intimado pela DH da Capital para prestar depoimento. No relatório de indiciamento de três suspeitos por participação no assassinato de Rodrigo, os delegados Rômulo Coelho e Alexandre Herdy, afirmam que ainda não sabem se o fato tem relação com o assassinato. No entanto, o documento aponta que testemunhas ouvidas pela polícia indicavam a participação da vítima e do escritório com o setor de bets, algo que inicialmente não foi relatado à polícia. Execução foi 'recado', aponta MP A execução de Rodrigo à luz do dia, na saída da OAB, é vista pelo Ministério Público como uma possível eliminação de potenciais concorrentes. "O crime, não por acaso, foi cometido em plena luz do dia, próximo à OAB, em que pese a vítima ter sido monitorada dias seguidos, e podia ter sido executada na calada da noite, em local mais ermo. Há fortes indícios de que a malta, com a execução, tenha pretendido dar 'um recado'", diz o MP no documento, ao qual o blog de Andréa Sadi teve acesso. Sócio queria abrir site de apostas Um sócio do escritório onde Rodrigo trabalhava disse, em depoimento à DH da Capital, que foi promovido, em 2022, ao cargo de diretor jurídico da MCE, que operava vários produtos da Loterj, como o "Rio de Prêmios" e o "Raspa Rio". Ele afirmou que já tinha conversado com outro sócio sobre a possibilidade de abrir um site de apostas esportivas. O diretor comercial da MCE, sabendo desse interesse, entrou em contato com Edgar Lenzi, que é proprietário de empresas que funcionam como meios de pagamentos para os produtos oferecidos por loterias estaduais, incluindo a Loterj. Entenda a participação de cada um dos denunciados Cesar, Leandro e Eduardo, os três presos por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo Reprodução Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime. Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). Eduardo Sobreira Moraes: É apontado pela polícia como o responsável por seguir os passos de Rodrigo, dirigindo o carro para Cezar enquanto acompanhavam a movimentação da vítima antes do assassinato. No dia 9 de abril, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão contra Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, atual patrono do Salgueiro; e outras oito pessoas investigadas no inquérito da morte de Rodrigo Marinho Crespo.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/30/empresa-de-apostas-online-deixou-negocios-no-rio-por-intervencao-da-contravencao-aponta-mprj.ghtml


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