Comissão leva peritos a cemitério para identificar mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura

  • 21/05/2025
(Foto: Reprodução)
Mais de 2 mil pessoas foram sepultadas como indigentes nos primeiros anos da década de 1970, em uma área do cemitério Ricardo De Albuquerque conhecida como "quadra 23". Comissão leva peritos a cemitério para identificar mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura A Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos políticos foi ao Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte, e levou peritos especializados para o local. O objetivo é encontrar informações e materiais que levem a localização de outras pessoas enterradas sem identificação. Mais de 2 mil pessoas foram sepultadas como indigentes nos primeiros anos da década de 1970, em uma área do cemitério Ricardo De Albuquerque conhecida como "quadra 23". Até recentemente, o trabalho era feito somente com base em registros oficiais, constam nos Institutos Médicos Legais e do próprio cemitério. Agora, os peritos especializados buscam materiais genéticos. Com ajuda da tecnologia, a expectativa é que seja possível identificar as pessoas que foram mortas e enterradas na época da ditadura. "Esses remanescentes foram localizados nos anos 90 e, na época, se verificou que não tinha condições técnicas de fazer exames de DNA. E são muitos, né? Com o avanço da tecnologia, a gente acha que vai poder fazer alguma proposta de identificação", afirmou Eugênia Augusta Gonzaga, presidente da Comissão. Na manhã desta quarta-feira, o memorial em homenagem aos desaparecidos, inaugurado em 2011, ganhou placas novas com os nomes dos 15 políticos que constam nos registros do cemitério. A pesquisa começou nos anos 90, com o grupo Tortura Nunca Mais. "Que realmente este local aqui não seja mais depredado, não seja mais Abandonado como ele estava e que a gente possa transformar realmente isso aqui num centro de memória", afirmou Cecília Coimbra, representante do Tortura Nunca Mais. Joel Vasconcelos Santos, desaparecido político que teve o corpo descoberto em cemitério em 2014 Reprodução / Comissão da Verdade Um dos nomes citados no memorial foi o de Joel Vasconcelos Santos, cujo corpo foi encontrado no local em 2014. Familiares de vítimas falam Os familiares de desaparecidos acompanharam os trabalhos. Uma delas era a família de Ramires Maranhão do Valle, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, desaparecido desde outubro de 1973. Um sobrinho de Ramires foi homenageado com o mesmo nome dele. "Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, né, mas é uma história que eu acompanho desde o meu nascimento. Já vi meu avô falecendo, sem conseguir descobrir o paradeiro, as circunstâncias da morte do meu tio", relatou Ramires Beltrão.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/21/comissao-peritos-cemiterio-mortos-desaparecidos-politicos-ditadura.ghtml


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